25 de setembro de 2012

Qual o desafio das redes sociais?






Qual o desafio das redes sociais?
 Plataformas precisam primeiro conquistar espaço, e depois pensar em lucrar
 O Facebook já se aproxima de 1 bilhão de usuários em um mundo com cerca de 7 bilhões de pessoas - ou seja, uma em cada sete pessoas já acessa a rede social mais popular de todas. As mídias sociais como um todo já fazem parte do cotidiano de grande parte da população mundial, seja com uma rápida observada no Twitter para acompanhar as últimas informações ou uma atualização na sua vida profissional pelo LinkedIn.

Mas qual é o futuro dessas redes sociais? Quais são os desafios que elas enfrentarão nos próximos anos para se consolidarem não apenas como uma plataforma - como já estão muito bem consolidadas - mas também como empresas lucrativas e adaptadas a todas as rápidas mudanças do mundo tecnológico?

Essa discussão fez parte de um dos painéis da Social Media Week São Paulo realizada ontem, 24, e contou com presença de representantes de três grandes nomes das mídiais sociais: Raphael Vasconcellos, diretor de Creative Solutions do Facebook; Gina Gotthilf, gerente de internacionalização do Tumblr; e Osvaldo Barbosa, country manager do LinkedIn no Brasil.

As três redes em questão contam com diferenças entre elas - enquanto o Facebook é uma rede geral, o Tumblr costuma ter postagens rápidas sobre temas específicos e o LinkedIn é voltado para a vida profissional. Mas elas também têm semelhanças, e uma delas mostra qual é a principal dificuldade enfrentada por essas empresas para se tornarem lucrativas.

"As redes sociais diferem de outros produtos pois foram criadas para serem ferramentas muito necessárias na vida das pessoas. O valor do produto veio depois. Primeiro ele foi criado, e depois surgiu o pensamento de lucrar com ele", afirmou Gina, que está coordenando a chegada do Tumblr no Brasil.

"A preocupação principal com a experiencia do usuário criou um paradigma novo. As empresas construíram o seu modelo de negócios depois de desenvolver o produto", explicou Vasconcellos.

De fato, as redes sociais surgiram inicialmente apenas como uma plataforma na web e, com o crescimento da sua base de usuários, surgiu a necessidade de monetizar. Mas muitas vezes essas redes enfrentam problemas na hora de consolidar um modelo de negócios - um bom exemplo é o Facebook, que está tentando aumentar a receita com publicidade móvel.

Marcas

A relação das marcas com as redes sociais também foi ponto abordado durante a palestra. Nessa questão, os três debatedores concordaram que a utilização delas fica muito aquém da possibilidade oferecida pelas plataformas.

"As empresas precisam ficar cada vez mais transparentes. Não adianta ter uma imagem da empresa, as informações podem vazar e, se não tiver uma atitude transparente, vinda de cima para baixo, isso vai dar trabalho", contou Osvaldo, do LinkedIn.

A principal plataforma social para aproximar o público das marcas é o Facebook - até pela sua popularidade em comparação com as outras mídias. Mas, mesmo com muita gente focada em marketing, ainda há muito o que ser feito nesse sentido.

"O Facebook permite falar com um público bastante segmentado. Você pode falar só com homens ou só com mulheres com facilidade, mas quase ninguém usa isso", conta Vasconcellos.

Ele também acredita que, de certa forma, o Facebook é uma evolução do tradicional 'boca a boca'. "Isso era sinônimo de uma repercussão próxima em uma pequena escala, e nós rompemos a barreira da pequena escala", explicou.
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário