3 de outubro de 2010

Tony (apresentação)

Estendam o tapete vermelho, curvem-se e aplaudam pois Tony Versátil chegou!!

Quem sou eu? O que? Você ainda não me conhece?
Joga no google bem!
Mas pra você que não sabe o que é Google, vou contar um pouco da minha história aqui.

Na verdade meu nome era Antônio Luis da Silva, mas se alguém me chama por esse nome horrível, eu piro na hora! Não admito em hipótese alguma que me chamem de Antônio! Porquê?
Porque esse era o nome que eu usava antes de fazer fortuna, de me tornar uma personalidade internacional, conhecida e presente nas maiores festas da alta sociedade. Hoje que sou rico, sou chamado de Tony, com "Y" e Versátil, com "V" maiúsculo. Assim sou eu, Tony Versátil, um ex-pobre com alma italiana.

Nasci no interior do Paraná, numa pequena cidade chamada Castro.
Ainda me lembro das tantas vezes que visitava parentes na maior cara de pau, só pra "filar" um almoço, das vezes em que dormia no sofá velho da sala encardida da minha pequena e humilde casa. Não era fácil morar em 6 numa casa que mal caberia 3.
Passei toda minha infância naquela casa simples, com dois quartos, um eu dividia com meus 3 irmãos e o outro dormia minha mãe em uma cama de solteiro e minha avó na outra. Não tive pai, na verdade tive mas não o conheço. Ele nos deixou por uma mulher 15 anos mais nova logo que eu nasci. Eu sou o caçula de 4 filhos. Naquela época eu dormia em uma cama de casal com meus irmãos, tudo muito apertado. Lembro de um episódio de minha vida, quando eu tinha dez anos e tinha pego catapora; acordei desesperado de madrugada coçando minha perna, mas não a sentia por mais que arranhasse com minhas unhas. Comecei a chorar e minha mãe perguntou o que tinha acontecido, falei pra ela que não estava sentindo minha perna e nesse momento meu irmão falou: -Claro, demônio, você tá coçando minha perna e não a sua!!
Assim dá pra entender como era apertada aquela cama!!

Passamos diversas dificuldades, desde não ter comida para servir no almoço, até passar dois anos inteiros usando o mesmo tênis, que eu enchia com pedaços de papelão para cobrir os buracos na sola e assim não ter minha meia molhada em dia de chuva.













Sempre gostei de humor, conseguia tirar graça da minha própria situação, fazia humor com a cara dos meus parentes desde cedo e eu era a pessoa que animava as festinhas de aniversário que eu ia naquela época. Meu cinismo e deboche era o ponto forte das minhas piadas. Conseguia fazer as pessoas rirem da cara delas próprias.

Quando completei 16 anos, cansado da pobreza e da "fartura"- "Farta" de dinheiro, "farta" de comida e "farta" de uma vida digna, arrumei minhas malas e fui para São Paulo, que é onde as coisas acontecem, sabia que lá conseguiria relizar meus sonhos e conquistar o futuro que eu tanto buscava.
Saí fugido de casa em 1987, logo depois de uma discução com minha mãe.
Em São Paulo comi o pão que o diabo amassou. Passei diversas necessidades.
Várias vezes comi arroz, feijão e ovo no almoço e vendi Avon para pagar o aluguel da quitinete que eu tinha conseguido.













Graças aos amigos que conheci, consegui vencer, amigos esses, que tanto me ajudaram nas horas difíceis.
Buscando alcançar meu objetivo, sai batendo nas portas de várias emissoras de tv.
Tive minha primeira aparição no Programa do Jô em 2001, fazendo um show de humor e assim conquistei fama nacional, sendo convidado por diversas outras emissoras.

Com o passar dos anos, descobri meu interesse também pelo mundo da moda, assim juntei o pouco dinheiro que eu já tinha conquistado e resolvi criar minha própria grife de roupas, bolsas, sapatos e acessórios.
Hoje a "Versátil-Fashion" é uma grife conhecida internacionalmente e eu consegui juntar o mundo do humor com o mundo da moda. Me tornei humorista, estilista e consultor de etiqueta.
Minha dedicação tornou-me um profissional conhecido internacionalmente.
Já criei roupas para celebridades como Suzana Vieira, Miguel Falabella e tive o privilégio de ter Giselle Bundchen e Naomi Campbel vestindo criações minhas.


Com toda minha inteligência e ciatividade venci na vida e hoje orgulho-me de ter o que tenho.
O garoto pobre do interior do Paraná hoje tem closet, banheira de hidromassagem, carros de luxo, jatinho particular e casas por todo o Brasil, além de ter uma casa de campo em Veneza, na Itália.

Venci!!

Só tem um problema: com tudo o que vivi no passado, hoje tenho ódio de pobre. Principalmente se for pobre e cafona!! Pior ainda se for pobre, cafona e encardido!!

Costumo dizer que sou Cafonafóbico, ou seja, tenho medo e ódio de gente cafona.

Isso não tem superação!!
Beijos e dólares!!


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